quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Vergonha da Cruz

Colossenses 2. 13-15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
Colossenses foi escrito por Paulo provavelmente entre 53 e 55 d.C. E fala de vários assuntos que são de suma importância pra fé cristã, e um deles é a nossa dívida que foi paga por Cristo através da Cruz.
E é sobre a Cruz que eu queria falar com a Igreja hoje!
A Cruz é alvo de muitas pregações e estudos, seja por teólogos, seja por cristãos comuns, todos falam sobre Cruz e o que ela representa para o mundo.
Mas o que será pregado aqui, talvez você já tenha escutado. Talvez você já saiba, mas sempre a Palavra de Deus nos traz algo diferente para aplicarmos em nossa vida.
E devemos ser sábios em ouvir e perguntar a Deus, o que Ele quer falar com conosco hoje? Qual área de nossa vida Ele quer tocar hoje?
Em que área você precisa ser confrontado, fortalecido, exortado e edificado? Ele está fortalecendo em ti a fé, que vem por meio da pregação da Palavra de Deus para que você se mantenha firme em Seus caminhos.
Mas para falarmos da Cruz, devemos falar um pouco do porque da Cruz, do porque da necessidade de um sacrifício e um sacrifício por meio da Cruz.
A QUEDA      
(Desgraça - Pv 16.18 “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”.)
A queda foi o momento narrado em Genesis em que o ser humano (Representado em Adão e Eva) "caiu" em tentação, introduzindo, assim, o pecado na vida da raça humana.
Gn 2.16-17 “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Gn 3. 6-7 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”.
Rm 5.12 – “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”.
Aqui nós vemos a necessidade de um salvador, a necessidade de um resgate, pois para o homem se tornou impossível se salvar, pelo fato de ter ele se separado de Deus por causa da mudança de natureza, pois o homem passou de sem pecado, para eternamente pecador.
O homem passou de filho de Deus para inimigo de Deus Pai, inimigo do seu Criador. Sem possibilidade de restauração por si só.
Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
Quem morreria por um inimigo? Certamente que nenhum de nós!
Mas Cristo morreu por mim que sou pecador, e morreu por você que é pecador!
A nossa salvação vem por meio da fé em Cristo, o segundo Adão.
ICo 15.21-22 – “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo”.
A CRUZ
Antigo instrumento de tortura e morte, formado por duas vigas, uma atravessada na outra, em que eram pregados ou amarrados os condenados.
As cruzes eram de três formas: em forma de “X”, ou de “T”, ou como o sinal de somar “+”, sendo mais longa a viga que ficava enterrada.
Dt 21. 22-23 – “Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança”.
Sendo assim, com base neste texto, o madeiro era reservado para os malditos, para os piores.
Gl 3.13 – “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”
Fp 2:8 “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”.
Houve uma disposição de Cristo em assumir o nosso lugar e sofrer até a morte, e morte de cruz.
A MORTE
O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado {Gn 2.17; Rm 5.12}.
É a separação entre o espírito a alma e o corpo {Ec 12.7}. Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo.
IICo 5.1- “Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus”.
Fp 1.23 – “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”.
Mas a morte espiritual é estar separado de Deus.
Mt 13.49-50 -  “Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.”
Mt 25.41 – “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.
Lc 16.26 – “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós”.
E a segunda morte, que é a morte eterna, é estar separado de Deus para sempre
Ap 20.14 – 15 – “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.
Então, olhando para este panorama, entendemos que o inferno é um lugar com uma completa ausência da presença abençoadora de Deus e completamente cheio da justiça e da vingança do Altíssimo.
É um lugar de tormento, ausência completa de paz. Qual o propósito do fogo? Senão queimar as impurezas.
Nós somos santificados pelo fogo, isso por causa do sacrifício de Jesus.
Mas os que estão no inferno, não têm o sacrifício de Cristo, e o fogo do inferno então os queimará eternamente, sem poder santificá-los. A dívida daqueles que estão no inferno, não poderá ser paga jamais.
Ap 20.14 – “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”.
Reparem que tanto a morte como o inferno foram jogados no lago de fogo e enxofre.
Onde não há como sair, não há retorno, não há remissão, não há perdão. Apenas vingança e punição!
A Igreja está em uma zona de conforto onde ela não está dando crédito à pregação do arrependimento, as pessoas estão céticas quanto à volta de Cristo.
E muito mais ainda, estão negligenciando o sacrifício de Cristo na cruz, como se Jesus tivesse perdido tempo, feito algo que ninguém pediu.
A igreja está sendo desviada do foco, que é adoração a Jesus Cristo, reconhecimento pelo resgate pago a preço de sangue, o mandamento da obra missionária que deve ser praticada por todos os cristãos.
Jesus experimentou o inferno por nossa causa, e o que temos feito para agradecer? NADA!
Hb 12:2 -“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”.
Fp 3:18 -“Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo”.
A Cruz representa para o salvo o seu destino, o seu lugar de direito, ou seja, a Cruz representa para o salvo o inferno que ele teria que passar.
Mas Cristo passou por ele, tomou o seu lugar na cruz e experimentou a ausência de Deus, e a punição dos pecados em seu corpo e alma.
Mateus 27:46  “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
ISAÍAS 53.4-12
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.  (cf Dt 21.22-23)
9 Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. (Este texto se refere ao texto que mostra que Cristo foi sepultado em uma tumba nova, feita na rocha.
Lucas 23:53  e, tirando-o do madeiro, envolveu-o num lençol de linho, e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.
Continuando... 10  Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.
11  Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.
12  Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
Colossenses 2. 13-15
E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne.
Vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;
Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial,
Removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz;
E, despojando (despojo quer dizer presa) os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
Você para pra refletir sobre o sacrifício de Cristo?
Depois de ler e ouvir tantos textos falando sobre o nosso destino, e o que Cristo fez por nós, qual a sua posição com relação a sua vida a partir de hoje?
Como você conduzirá seus relacionamentos? (filhos, família, negócios?)
Como deve ser seu posicionamento com relação ao pecado?
Como você vai sair daqui esta noite? Com a fé fortalecida? Ou com juízo sobre sua vida?
Reflita sobre isso, e veja se sua vida tem realmente agradado a Deus, se você tem refletido a imagem de Jesus, e sido a todo o momento grato a Deus pelo sacrifico do Seu Filho na cruz.
A Cruz que era meu lugar, o inferno que era o lugar de cada um de nós aqui.
E se temos a esperança de uma vida eterna, se temos salvação é porque Jesus passou pela cruz em nosso lugar.
E o que devemos fazer?
Viver conforme a Sua Palavra a cada momento da nossa vida.
E se você não tem feito isso, se algo no seu relacionamento com Deus está ruim.
Se algo precisa ser concertado, perdoado. E você enxerga isso, venha a frente para que possamos orar por você.
E você que nunca confessou a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, esse é o momento.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Vale de Ossos Secos

Ezequiel 37. 1-14 (Leitura)

O nome Ezequiel significa “EL” que quer dizer (Deus é forte) ou (Deus fortalece). Ele viveu durante um dos períodos mais difíceis na história judaica – O EXÍLIO BABILÔNICO. Ezequiel foi um dos 10.000 judeus que foram levados de Jerusalém durante o reinado de Nabucodonosor em 597 a.C (2 Rs 24.10-17).

O Livro de Ezequiel pode ser dividido em três seções:

1. As profecias de juízo contra Judá (Ez 1 – 24)

2. As profecias contra as nações estrangeiras (Ez 25 – 32)

3. As profecias finais que são mensagens de esperança e restauração (Ez 33 – 48).

As duas últimas seções devem ser vistas juntas, como uma mensagem de esperança para Israel porque pronuncia a condenação das nações estrangeiras e possibilidade da restauração dos judeus.

A interpretação destas profecias deve ser feita de acordo com a ordem da seqüência de eventos históricos: Primeiro para anunciar o juízo (em 586 a.C) quando Jerusalém foi destruída pelos caldeus (Ez 24. 25-27); segundo, para transmitir a esperança e a restauração (Ez 25 a 48).

Mas, é a última seção que iremos nos deter. Onde fala do vale de ossos secos.

Nesta última seção, mais especificamente no cap. 37. 1-14 Deus dá uma visão ao profeta. Esta visão é de um vale cheio de ossos de pessoas, e não apenas isso, mortos há muito tempo, pois os ossos estavam sequíssimos.

Esta visão trazia uma triste realidade, pois Deus estava mostrando ao profeta a condição de seu povo. Um vale onde o cheiro de morte exalava por todos os lados, uma condição degradante derivado da corrupção do homem, mais especificamente da desobediência e do adultério do povo de Deus com deuses estranhos.

Quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, quem estava reinando era Joaquim, filho de Jeoaquim – Joaquim era o décimo nono rei de Judá, que reinou três meses em 598 a.C., depois de Jeoaquim, seu pai. Foi um mau rei, sendo levado preso para a Babilônia.

O que levou Deus a permitir que o povo fosse levado para o cativeiro foi a idolatria e o adultério do povo com outros deuses, e também por causa da maldade do coração do povo.

Os reis que havia reinado em Israel, quase todos tinham sido maus e fizeram aquilo que Deus não se agradava. E todo o povo seguia aquilo que seu rei estava propondo, por isso as pessoas pagavam um preço alto por causa das decisões de seu líder.

Bem, em meio a tantas desgraças, a tanta dor e sofrimento, a fidelidade de Deus para com seus filhos é anunciada, e tem por base a Graça.

Ao analisarmos a visão do vale de ossos secos percebemos que:

1 – Um vale cheio de ossos – vers. 1

É como um cemitério, porém os ossos estavam na superfície, e não debaixo da terra. O sinal da morte era visível, o sinal da separação.

2 – Eram mui numerosos e estavam sequíssimo - vers. 2

E bastante perceptível a condição natural dos ossos, pois não estavam apenas secos, mas estava sequíssimo.

Quando falamos sobre ossos secos, podemos olhar para o processo de cremação de um corpo. Bem, um forno adequado ao tamanho do corpo a ser cremado deve ser aquecido a mais ou menos 800cº e depois o corpo é colocado dentro do forno com caixão e tudo. Tudo é rapidamente queimado e torrado, mas não os ossos, eles não são queimados. E depois de tudo pega-se os ossos junto com o restante queimado e coloca-se em um moidor ou triturados onde os ossos secos serão triturados junto com o restante do corpo e do caixão e forma-se as cinzas que conhecemos. Ou seja, nem uma temperatura de 800cº pode fazer com que os ossos virem pó. Por isso, o tempo em que aquelas pessoas da visão de Ezequiel estavam mortas deveriam ser milhares de anos.


Se pensarmos em um cadáver jogado na superfície e em decomposição natural os ossos levaria décadas, senão séculos para chegar a um ponto de sequíssimo devido ao grau de resistência dos ossos e a temperatura diária de calor que recebiam.

Isso nos mostra a condição já antiga do povo de Deus em seu caminho de rebelião contra o seu Criador. A separação do povo e Deus era algo que já vinha acontecendo há muitos anos.

3 – Vers. 3 diz: “Então me perguntou: Filho do Homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes”.

Nós vemos aqui neste vers. 3, que Deus provou a fé e a confiança do profeta nEle. Pois a resposta do profeta à pergunta feita por Deus demonstrou que havia confiança em Deus, e era isso que precisava para que o povo de Deus voltasse a se relacionar com Deus.

O profeta Ezequiel foi um dos homens na bíblia que falou muito sobre o surgimento de um Messias, e esta passagem é por muitos teólogos, interpretada desta forma. O termo Filho do Homem não só faz uma alusão a Cristo, como mostra o propósito da vinda de Cristo, trazer vida aos mortos por causa do pecado.

Vers. 4 – “Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor”.

A restauração da vida começa com a Palavra de Deus, não há outro meio para que uma vida seja restaurada senão for por meio da Palavra de Deus.

Vers. 5 – “Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis”.

Gênesis 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.

Aqui em Genesis 2.7 o homem ainda não havia pecado, pois Deus estava acabando de soprar em suas narinas o fôlego de vida. Ou seja, O homem estava acabando de receber VIDA (Deus, pois Deus não contém vida, Deus é a VIDA), e logo depois ele morreu ao desobedecer a ordenança de Deus.

Deus então mostrou a Ezequiel que ele iria dar vida novamente ao povo, vida que um dia eles tiveram e perderam por causa de desobediência e traição com outros deuses.

I Co 15. 21-26 “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. 24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. 25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte”.

A visão do vale de ossos secos tanto tem uma aplicação futura em longo prazo, como uma aplicação imediata. Pois o povo estava próximo de ser libertado do cativeiro e retornar para casa.

Mas a aplicação maior deste texto é justamente espiritual. As pessoas pensam que se refere apenas ao retorno do povo do cativeiro. Mas a maior referencia que este texto faz é sobre a missão do Filho de resgatar o povo de Deus.

Aqueles ossos secos a muito tempo, ou seja, aquelas pessoas que já haviam morrido (separado de Deus) já fazia muitos séculos, somos nós. São todos aqueles que Deus escolheu e que há uma promessa de ressurreição e vida.

Por isso o texto fala que eram mui numerosos. Mas ao mesmo tempo cabiam todos em um vale.

Mt 22.14 - “Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”.

Ap 7. 8-9 - “Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; 10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação”.

A partir do verso 7 em diante, eu vejo uma reconstituição da cena da criação.

Gênesis 2:7 - “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.

Primeiro Deus criou o corpo do homem com base no pó da terra, e eu acredito que Deus não fez um boneco de barro e o transformou em carne. Foi tudo ao mesmo tempo.

A visão fala de ossos sequíssimos, e não de carne podre. A carne já havia se tornado pó, e voltou do pó.

Esta visão também refere-se a ressurreição dos mortos na volta de Cristo. Cada osso ao seu osso, e a bíblia nos mostra algo semelhante.

Ap 20. 12-13 - “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”.

Vers. 11 – “Então me disse: Filho do Homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem. Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança: estamos de todo exterminados”.

Aqui vemos o reconhecimento do povo com relação a sua condição de morto e condenado.

Os nossos ossos se secaram e pereceu a nossa esperança.

Sl 32. 3-4 - “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. 4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio”.

Por isso os ossos do povo secaram. Por causa do pecado escondido, por causa da traição e do adultério com outros deuses. (A idolatria)

Vejam o que Davi estava passando – a mesma condição do povo de Israel. Isso por causa do pecado que estava escondido em sua vida.

Jó 7:6 - “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão e se findam sem esperança”.

Jó 8:13 - “São assim as veredas de todos quantos se esquecem de Deus; e a esperança do ímpio perecerá”.

Será que você está nesta condição hoje?

Será que você é uma daquelas pessoas que estão mortas naquele vale?

Será que você está com a mesma sensação do rei Davi, os meus ossos envelheceram, e eu tenho gemido constantemente no meu quarto buscando um pouco de alívio para minha dor.

Esta é a condição do homem sem Deus, morto a muito tempo. Sem felicidade, sem amor, sem esperança.

Jeremias 17:13 - “Ó SENHOR, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; o nome dos que se apartam de mim será escrito no chão; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas”.

Este é um sentimento de quem está longe de Deus, de quem está com seus ossos envelhecendo.

Mas como disse Jó:

Jó 14. 7-9 - “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. 8 Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, 9 ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova”.

Ao cheiro das águas, não é a água propriamente dita. Se ao cheiro das águas receberá vida, como não ficará esta arvora quando ela tiver contato realmente com a água em si.

Como não ficaremos quando Deus nos der a Água da Vida, que é Ele mesmo.

Salmos 62:5 - “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança”.

Salmos 65:5 - “Com tremendos feitos nos respondes em tua justiça, ó Deus, Salvador nosso, esperança de todos os confins da terra e dos mares longínquos”.

Eclesiastes 9:4 - “Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto”.

Temos que seguir o exemplo de Davi.

Salmos 32.5 “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado”.

Devemos fazer assim como Davi, para que recebamos a restauração do Senhor, e a vida volte a estar dentro de nós.

Leitura final (Rm 5. 1-11)

Essa é uma interpretação verdadeira sem analogias da visão de Ezequiel, certamente ela pode ser aplicada a muitos contextos, porém, a essencia dela é apenas uma, a aue foi aqui apresentada.
Que Deus os abençoe em nome de Jesus e que tenham uma vida cheia de VIDA!

Pr. Adhemar Junior
Igreja Reformada Siloé
http://www.igrejareformadasiloe.com.br/

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fé e Obras – Unidas geram Vida, Separadas produzem Morte.

Tiago 2. 24 e 26
Quando estudamos um pouco o cap. 01 de Tiago, no deparamos com uma igreja perseguida, uma igreja que estava passando por várias provações. Uma igreja de pessoas reconhecidamente cristãs e que estavam com falta de sabedoria para compreender o que estavam passando na realidade.
Tiago exorta este povo a fugir do pecado da cobiça, pois uma das situações difíceis que eles estavam enfrentando era à necessidade financeira.
Imaginem um povo que estava fugindo da perseguição, indo para terras estranhas, onde se falavam idiomas que eles não conheciam, tendo que se sustentar, e isso tudo por causa da Fé que professavam em Cristo.
A Fé é o principal meio de relacionamento do homem com Deus, sem Fé, é impossível nos relacionarmos com o Senhor, é impossível recebermos a salvação, é impossível recebermos os benefícios do sacrifício de Jesus Cristo por nós se não tivermos Fé.
A Fé é o que temos de mais importante, pois sem fé não há justificação, sem fé não há relacionamento, sem fé não há salvação. Não é que a Fé produza salvação, justificação e relacionamento com Deus, mas a Fé possibilita receber, possibilita ser participante dessas coisas.
Mas Tiago diz aqui que uma fé sem obras, é morta, não serve pra nada, para sermos mais diretos, fé sem obras é o mesmo que não ter fé.
Por isso é muito importante que tenhamos Fé, e o único modo de evidenciar a Fé é apresentando as Obras provenientes da Fé.
Precisamos unir Fé com Obras, e isso gerará vida em nós, mas se for apenas Obras, ou apenas Fé (no caso é o mesmo de não ter Fé), produzirá morte e Morte Eterna.
Por isso, para uma melhor compreensão do que é ter uma Fé que gera vida, vamos resumir esse capítulo dois em três pontos.

1º Ponto: A Fé que gera vida não valoriza o exterior, mas o interior do seu próximo.
Cap. 02:01 diz: “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da Glória, em acepção de pessoas.
Certamente o apostolo Tiago tomou conhecimento desses acontecimentos, e sabia que um dos motivos que o povo da dispersão estava passando por provações, era porque estavam fazendo Acepção de pessoas dentro da igreja.
Tiago está aqui mostrando aos irmãos que o simples fato de tratar uma pessoa diferente da outra só por causa da condição financeira é uma atitude de descumprimento dos mandamentos do Senhor que se encontram lá em Êxodo 20.
Sendo por tanto, a acepção de pessoas um pecado que fere o mandamento de amar o próximo!
E isso é uma atitude muito comum nas igrejas hoje! A posição social e a aparência física é que conta, e não o interior.
Vejamos nos versículos 8 a 11 (LER)
Tiago faz aqui uma aplicação do mandamento, para que o povo pudesse compreender a falha que estavam tendo.
Veja que a acepção de pessoas é algo que muitas vezes praticamos, mas não percebemos que é acepção de pessoas, e muito menos temos consciência de que é um pecado, e que é um pecado de transgressão dos Dez Mandamentos.
Ou seja, não adianta observar 9 mandamentos e tropeçar em um, se torna transgressor de todos.
E o que é acepção de pessoas?
É a atitude de tratar pessoas com diferença por causa de aparência (beleza física ou vestimenta), raça ou condição social.
Às vezes o irmão humilde e simples é esquecido nos bancos da igreja, mas o político, o empresário, o rico é adulado pelo pastor e por outros da igreja.
A tendência do homem é tratar melhor aquele que pode lhe oferecer alguma coisa, aquele que pode oferecer algo de vantajoso pra ele.
Mas esquecemos que isso é pecado. Em certas igrejas se reservam cadeiras para políticos e para pessoas importantes.
Justamente o que Tiago fala nos versículos 2 a 4, de pessoas que são recebidas de forma diferente das outras devido ao seu exterior.
A Fé verdadeira não faz acepção de pessoas! O cristão que possui uma Fé viva, ele entende o que Cristo fez por ele, e sabe que ele não era ninguém, e sim um pobre, nu, miserável perante Deus, e mesmo assim, Deus se fez homem e habitou entre nós e padeceu por nossa causa.
A frase do versículo 01 no grego original pode ser traduzida como: “Não tenhais fé em nosso Senhor Jesus Cristo, a glória”. Isso porque Jesus é identificado com a glória de Deus, podemos então chamá-lo de Emanuel “Deus conosco”, Deus habitando com o homem.
Ou seja, se Deus, sendo Deus habitou com o pecador, se fez carne por nós, e morreu em uma cruz por nós pecadores, seus inimigos, como nós podemos fazer separação entre pessoas e pessoas?
Agora! Não fazer acepção de pessoas é ter consideração com todos.
E onde entra as obras aqui? O que eu devo fazer?
Uma Fé viva olha para todas as pessoas de dentro pra fora, e entende que elas são importantes pra Deus tanto quanto você é, e que é necessário dar atenção, conselho e ajuda todas as vezes que for necessário.
Ou seja, é preciso ter fé para investir na vida de pessoas que não tem nada pra te oferecer no que se refere ao material. Mas entende que será abençoado por Deus ao cumprir o mandamento de amar ao próximo.
Eu faço isso não para aliviar minha consciência, mas porque creio ser um mandamento do meu Deus – E como eu creio (Fé) em Suas promessas, eu olho para o meu próximo e vejo-o como alvo da mesma graça e misericórdia de Deus que eu.
Isso é uma Fé que gera vida e que não valoriza o exterior, mas o interior do seu próximo. (A nossa diferença está apenas na diversidade de aparência, mas por dentro, Deus usou a mesma forma)


2º Ponto: Uma Fé que gera vida é evidenciada pelo que faz e não pelo que fala.
Vers. 14 “Meus irmãos, qual o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?”.
Este texto de maneira alguma entra em contradição com qualquer texto da Palavra de Deus.
Os demais textos da Bíblia falam de salvação pela fé, justificação pela fé, e o que o apóstolo Tiago está dizendo é que devemos evidenciar a Fé que professamos ter, e o único modo de evidenciá-la é através das obras que praticamos de conformidade com a Palavra de Deus.
Vamos ver dois desses textos:
Romanos 3:28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
Gálatas 2:16 Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.
Veja que as obras que Paulo se refere aqui nestes textos que não justificam são as obras da Lei – ou seja, o viver pela lei.
A Lei no Antigo Testamento era dividida em três níveis:
A Lei Cerimonial – Ordenanças que tinham como finalidade orientar, disciplinar e dirigir a vida religiosa do povo de Deus.
A Lei Civil – Ordenanças quanto a disciplina e correção da vida do povo
A Lei Moral – Que revela a natureza e a vontade de Deus, bem como o dever de cada ser humano para com o Seu Deus, o Seu Senhor.
Tanto a Lei Civil quando a Lei cerimonial foram suprimidas pelo Novo Testamento – Onde está isso pastor? No resumo da Lei que Cristo fez em (Mt 19.16-22; 22.34-40). Ali ele colocou dentro da Lei Moral a lei cerimonial e a lei civil, e disse que ambas dependiam da lei moral.
Então, as obras que não justificam que Paulo fala tanto, são as obras farisaicas que eram impostas para o povo viver, mas não se preocupavam nem um pouco com a moral do povo e com a vontade de Deus.

Vamos voltar para o texto de Tiago.
Tiago dá exemplos de obras nos versículos 15 ao 17. (vamos Ler)
Aqui Tiago não está dizendo para sair distribuindo roupas e comida para as pessoas. Ele usou um exemplo dentro da necessidade dos irmãos da dispersão.
Mas para nós qual a aplicação que podemos tirar desse texto? Qual o tipo de obra que devemos praticar? O que o apóstolo estava querendo dizer com Isso?
Vamos então entender melhor esses textos:
Dos versos 14 ao 17 o apóstolo está introduzindo um ponto crucial para a relação Fé e Obras. O que o apóstolo estava querendo perguntar é: “Que tipo de Fé vocês possuem? Porque uma fé sem obras não pode salvar.
A Fé que não produz nenhuma ação não é uma Fé salvadora. O Novo Testamento não fala de uma justificação apenas pelo professar da Fé, mas através de uma possessão de uma Fé verdadeira.
Não há justificação apenas no falar que tem Fé, mas na ação da Fé.
Quando o apóstolo diz que a FÉ por si só está morta, no verso 17, é porque a justificação é baseada nos méritos de Cristo, e não nos nossos próprios méritos, e por isso as obras que devo praticar são aquelas que Jesus nos mandou praticar.
E todas elas estão contidas na Palavra de Deus, requer leitura, instrução e obediência.
A palavra “somente” “na frase justificação pela Fé somente”. Que Paulo usa, não significa que a Fé exista solitariamente sem qualquer apresentação de fruto de obediência, mas de uma Fé viva, que reage às ordenanças de seu Senhor.
A frase que fala de uma Fé morta, não se refere ao fato da Fé de alguém estando viva vier a morrer, mas que a Fé dessa pessoa nunca teve vida verdadeira.
Martinho Lutero insistiu que uma Fé salvadora é uma Fé viva!
Uma Fé morta não pode vivificar a ninguém, portanto não pode salvar a ninguém.
Por isso uma Fé que gera vida é evidenciada pelo que faz e não pelo que fala.

3º Ponto: Uma Fé que gera vida está embasada em obras de obediência.
Vers. 18 “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha Fé.”
Para entendermos melhor essa afirmação do apostolo, vamos ver o que Paulo fala em Efésio 2.8-10.
Ef. 2.8-10 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”
Quais são essas obras que o apostolo diz estar apresentando aqui? São aquelas que Deus ordenou que ele fizesse. Aqui não está falando de caridade.
Caridade é coisa do diabo! Pois a caridade engana muitas pessoas dizendo que são boazinhas e que ajudam os outros, e a consciência delas é negociada pelas obras que faz. Isso é obra sem fé! Gera morte do mesmo jeito!
As obras que devemos praticar são aquelas que Deus as preparou de antemão para que andássemos nela. Elas já estão preparadas antes de nós para nós.
Por isso quando não tenho obras, não tenho Fé, e a isso chamamos de uma Fé morta. Isso porque não há obediência para com a Palavra de Deus!
Paulo em Atos 26.20 fala sobre obras dignas de arrependimento.
Atos 26. 20 “mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento”.
Ou seja, a Fé verdadeira está pautada na atitude, na obediência a Palavra de Deus.

Ela não está pautada no:
Apenas falar que tem fé / Falar que é homem de Deus / Falar que é cristão Falar que ama a Jesus / Falar que sua vida mudou.
Devemos mostrar esse amor, mostrar essa mudança, mostrar que somos homens e mulheres de Deus, mostrar que somos Cristãos com o nosso testemunho de Cristão.
Veja a explicação que Tiago faz nos vers. 19 ao 22. (ler)
Aqui Tiago aplica a Fé usando um exemplo de obra que necessitou de fé para ser realizada.
No caso de Abraão oferecer Isaque no altar de Deus como sacrifício através de uma ordenança de Deus.
Abraão creu (Fé) que era vontade de Deus e levou o menino e foi até o monte e o colocou no altar e estendeu a mão para sacrificá-lo (obra). Ele praticou a vontade de Deus. (A vontade de Deus são as obras que Tiago fala para o povo da dispersão fazer).
E é a vontade de Deus que nós aqui também devemos fazer, obedecer a Palavra, a Lei moral “Amará o Senhor Teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua força e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Sem isso, não há salvação – não há Fé – não há justificação – apenas condenação.
Por isso uma Fé que gera vida está embasada em obras de obediência.

Concluindo
Nós vimos que:
Uma Fé que gera vida não valoriza o exterior, mas o interior do seu próximo.
Uma Fé que gera vida é evidenciada pelo que faz e não pelo que fala.
Uma Fé que gera vida está embasada em obras de obediência.

Foi o que Paulo evidenciou:
2 Timóteo 4:7 “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”.
Obras preparadas de antemão para Paulo (Combate - ação e completei a carreira - missão) guardei a Fé. Só se guarda o que se tem, e se Paulo tinha então era uma fé viva.

E dois textos de Hebreus:
Hebreus 11:1 “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”.
Hebreus 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.
Sem Fé não agradamos a Deus, sem praticar o que Deus nos manda, não agradamos a Deus é a mesma coisa.

Essa é a mensagem que o Apostolo Tiago estava passando para os irmãos da dispersão. E essa mensagem se aplica perfeitamente a Igreja de hoje, ou seja, nós.